domingo, 23 de julho de 2017

Na superície

Escrevo pra que? Escrevo pra quem? Talvez as palavras sejam o eco de algo que ainda ressoa na pele. Talvez essas palavras sejam o vomito que expulsa de mim tudo que adoece. As palavras saem como uma canção em desatino, sem métrica, desarrazoadas, fodidas, apenas saem. Quando se vão o que fica? O vazio. Talvez a loucura do vazio não seja um nada, mas uma completude de outras palavras que ainda esperam ser ditas.

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