segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O menino e seus caminhos



Por dentro era só um menino que não sabia muito da vida, mas estava ali pra vivê-la. A vida o tomou pelos desejos e ele se deixou levar e quando se deixa levar se está sujeito as contradições do existir. Ele era esse misto de liberdade e controle, de pulsão e repressão. O menino, que por vezes é homem por vezes é criança, errou com pessoas que não deveria, justamente por seus momentos de liberdade e saudade. Foi a primeira vez que magoou a quem gosta e não sabe como agir, a gente nunca sabe o que fazer diante das pessoas a quem entristecemos.
Nosso protagonista, como todo herói tem um poder e uma fraqueza, seu poder era ser como criança, ser capaz de perdoar, esquecer, ser sincero e recomeçar. Mas sua fraqueza era ser adulto, não se perdoam adultos, os pune. Nosso pequeno grande homenzinho recebeu como conseqüência a ausência. E, como diz Mário Quintana, “o que mata o jardim é o olhar vazio de quem por ele passa indiferente”. 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sonhos...



Sonhei algo essa noite, mas não queria ter sonhado. Meus sonhos me iludem, me fazem acreditar em coisas tão distantes de mim, como poder tocas as estrelas ou voar. Preciso sair do mundo dos sonhos, pisar em terra firme. Eu sempre acreditei que a vida era brincadeira corajosa, era se aventurar, se divertir e, assim, viver. Só que em cada aventura há um risco, as cicatrizes que me deram trouxeram consigo o medo. Minha única válvula de escape é o sonho, nele faço impossíveis e renascem minhas esperanças para um novo dia. Minha luta hoje é viver cada dia como se fosse o primeiro e cada noite como se fosse a última.