segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O menino e seus caminhos



Por dentro era só um menino que não sabia muito da vida, mas estava ali pra vivê-la. A vida o tomou pelos desejos e ele se deixou levar e quando se deixa levar se está sujeito as contradições do existir. Ele era esse misto de liberdade e controle, de pulsão e repressão. O menino, que por vezes é homem por vezes é criança, errou com pessoas que não deveria, justamente por seus momentos de liberdade e saudade. Foi a primeira vez que magoou a quem gosta e não sabe como agir, a gente nunca sabe o que fazer diante das pessoas a quem entristecemos.
Nosso protagonista, como todo herói tem um poder e uma fraqueza, seu poder era ser como criança, ser capaz de perdoar, esquecer, ser sincero e recomeçar. Mas sua fraqueza era ser adulto, não se perdoam adultos, os pune. Nosso pequeno grande homenzinho recebeu como conseqüência a ausência. E, como diz Mário Quintana, “o que mata o jardim é o olhar vazio de quem por ele passa indiferente”. 

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