sábado, 5 de setembro de 2009

Minha angústia, minha prece.


O sofrimento está por todos os lados, está a tal ponto que não precisão ter um olhar objetivado nisto para o ver. Percebi que nós, cristão, falamos que somos um povo de Deus, que amamos o próximo e que devemos abençoar a nação mas nos esquecemos das crianças com fome que moram ao lado de nossa igreja. Os dízimos são revertidos para aumentar o templo, para melhorar a aparelhagem de som, fazer curso formando melhores crentes, mas e as famílias que tem o teto de suas casas desabando e seu único filho com problemas de saúde mental?

Ensinam que a casa de Deus além de ser a igreja quatro paredes é, na verdade, cada um de nós. Mas não vejo o cuidado com a saúde da comunidade, com o social. O que Jesus diria de nossas igrejas? Igrejas que abandonam a comunidade e se fecham em si mesmas. Pensam que ganhar a comunidade é colocar um carro de som na rua ou entregar panfletos sobre o próximo culto ou até mesmo sobre a vida de Cristo. Mas cade a comida na mesa destas pessoas? Cade a saúde de seus filhos? E o pai que tem um filho com uma doença genética?

Por estes dias me afundei em mim e vi várias coisas, tanto o sofrimento as pessoas quanto as belas paisagens, a pobreza e a dor muito me marcam, desejo fazer algo além por elas. Bem verdade que muitas vezes me sinti impotente diate de tudo isso, parecia que faltava algo que fizesse que minha voz pudesse ser ouvida, nem que fosse apenas eu. Nesse momento olhei para o céu e fiz um pedido. Pedi para ter mais coragem, mais sensibilidade para que a voz do céu possa ecoar dentro de mim e que uma resposta que abra as portas da paz e do alívio afim de distribuir sorrisos a tantos que até hoje só derramaram lágrimas.